sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson

 

Independentemente de se gostar ou não da música que produziu, independentemente dos escândalos em que esteve envolvido e em que se envolveu, independentemente da sua forma algo bizarra de estar na vida e de aceitar ou não a sua "raça" e a sua côr, independentemente seja do que fôr, Michael Jackson marcou definitivamente a música rock do século 20. Temas como "Blood on the Dance Floor", "Thriller", "Bad", "Billy Jean" ou ainda " Black or White " são entre muitas, das músicas mais dançavéis, com ritmo, músicas que só alguém que esteja "preso ao chão", não consegue começar naturalmente a "mexer-se".

O albúm "Thriller" continua a ser o disco mais vendido em todo o mundo.

Mas algo que ficará sempre ligado a Michael Jackson e que ninguém poderá negar: 

a forma soberba como se mexia, como dançava, um regalo para os olhos de qualquer um.

Por tudo isto, obrigado MJ. Que encontres seja lá onde fôr, a paz que não conseguiste ter por estas bandas, muito por tua culpa.

PaTU

quarta-feira, 6 de maio de 2009

CabeloZ ao vento



Bom dia,

É lindo não é ? Gostavam de ter um ? Também eu gostava.

Vem isto a propósito de ontem ter visto na televisão o novo filme publicitário do BMW Z4 Roadster. Para além de muito bem conseguido , é a prova provada de que a crise que se vive - ou que pensamos estamos a viver - existirá somente para alguns ( para a maioria de nós ).

Não estou a ser cínico. Se repararmos, não vemos publicidade aos veículos utilitários ou de baixo custo - apesar de nao existirem veículos de baixo custo em Portugal - mas eis que surge um filme publicitário a um "topo de gama", ainda por cima um carro exclusivo , específico ( e bonito ) como o Z4.

Sinceramente penso que a BMW acertou na "mouche", ao colocar esta publicidade na televisão, pois que afinal mais não estão a fazer do que despertar os sentidos daqueles que podem aventurar-se a possuir um carro cujo preço começa nos 46.000 euros e acaba nos 70.000, isto sem opções nenhumas. E se pensarmos que não será um carro para ir trabalhar, melhor ainda.

Vejamos: as marcas por força da falta de vendas dos carrinhos mais acessíveis, não terão no seu orçamento verbas para colocar publicidade na televisão; por outro lado, as marcas " exclusivas ", mercê das suas vendas, que apesar de estarem em baixa, vão vendendo umas coisas - basta vermos que o parque automóvel não cessa de nos presentear com autênticas " beldades " nas ruas de Lisboa e Porto -  podem dar-se ao luxo de aguçar o apetite àqueles que podem "comer deste prato ". Não sou contra nem a favor, é a realidade do nosso país, onde e cada vez mais as "diferenças" se vão acentuando.

Parabéns à BMW, não só pelo excelente "spot" que publicou , mas também pela oportunidade do mesmo. Acreditem que vale a pena ver. Muito bem conseguido

segunda-feira, 6 de abril de 2009

3,6 milhões



Pois é, 3.6 milhões de euros, é a dívida fiscal que foi prescrita, relativa a 3 instituições bancárias, entre as quais o BCP (2.2 milhões).

Segundo noticiado - ou então fui eu que ouvi mal - tal se deve ao facto de os "serviços competentes" não terem "pessoal especializado" para tratar estas matérias.

Mas pessoal "nao especializado" para dar cabo da cabeça e da carteira ao pequeno contribuinte, isso já há.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Anti depressivos em crise


Bom dia. Pois é, a crise chegou aos anti-depressivos. Apesar da crise e das consequentes mazelas que a mesma trás à maioria dos portugueses, a venda dos anti-depressivos está em queda. Não há guito para os comprar.

"A crise está na ordem do dia, o número de desempregados não pára de aumentar e é rara a semana em que alguém não compara os duros tempos que correm com a Grande Depressão dos anos 1930. E, no entanto, o consumo de antidepressivos até tem diminuído nos últimos meses. 
São os dados da consultora IMS Health sobre o número de embalagens de antidepressivos colocadas nas farmácias que apontam para este fenómeno inesperado: depois da crise económica estalar, e à excepção do mês de Outubro, em que se verificou um pico, a partir daí foi sempre a descer. Em Janeiro e Fevereiro deste ano baixou-se mesmo para níveis inferiores aos registados nos mesmos meses de 2008.

Explicações? São as crescentes dificuldades económicas que levam algumas famílias a cortar um pouco em tudo, mesmo nos medicamentos, defendem dois psiquiatras .  "Há situações diárias de pessoas que ficam sem emprego, pessoas que estavam a fazer a medicação e ficaram sem dinheiro, por isso não compram", explica Pedro Afonso, psiquiatra no Hospital de Júlio de Matos que também faz clínica privada. "Tenho tido feedback de alguns doentes. Dizem: lamento, mas não pude comprar este medicamento", relata, notando que há pacientes que fazem esta medicação há 25, 30 anos porque sofrem de depressão crónica.

Nalguns casos, avisa, deixar de tomar os medicamentos pode ser perigoso. Alguns antidepressivos não podem ser descontinuados de repente, o que provoca irritabilidade, insónia, agitação. O risco das pessoas poderem deprimir de novo e até de fazerem tentativa de suicídio existe, alerta. E o desemprego é "um dos factores com mais peso na origem de quadros depressivos reactivos". O que não significa que a maior parte dos desempregados entre em depressão. Mas a verdade é que "não há desempregados felizes". Pedro Afonso propõe que se faça como em Inglaterra, onde foi aprovada uma linha de apoio para acompanhar pessoas com doenças psiquiátricas vítimas de desemprego.  "É um impacto da crise pela parte da despesa. As pessoas têm menos poder de compra, logo vão menos às consultas e compram menos medicamentos", corrobora o director do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Júlio de Matos, José Manuel Jara. "Alguns dos doentes estão um bocado aflitos", acentua. Sente-se na clínica privada, onde as consultas são adiadas, e nos hospitais públicos, onde "a pressão tem aumentado". 

Seria necessário deixar passar mais tempo e fazer um estudo para perceber o que se está a passar, defende, cautelosa, a alta-comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado, que prefere uma explicação mais optimista para este decréscimo. Nos últimos tempos tem-se falado muito do excessivo consumo de psicofármacos e as pessoas poderão estar a comprar menos por isso, especula. Também o psiquiatra Marques Teixeira é mais prudente, por achar que o fluxo de vendas de medicamentos tem um ritmo normalmente oscilatório e porque acredita que "os efeitos directos de uma crise não são imediatos a este nível". 

Seja como for, os tempos não estão fáceis, nem para os anti-depressivos.

fonte: Público


terça-feira, 24 de março de 2009

A sujidade do futebol

Ainda que não estão passadas as reacções, movimentações, desilusões e outras sensações resultantes do jogo da final da Taça da Liga entre Benfica e Sporting, fico perfeitamente embasbacado com a "sujidade" do futebol.

Não vale a pena analisar se foi penalty ou não - óbvio que não foi e eu nem era por nenhuma das  equipas - e que o futebol é um jogo por vezes injusto, é , basta ver que tudo é decidido - bem ou mal - por uma equipa de arbitragem que pode errar no seu julgamento - foi o que se passou no passado sábado. Mas a verdade é que se formos ver as vezes em que um erro de arbitragem decidiu um jogo, então não se parava de escrever.

Nem vale a pena perguntar porque raio não se faz como por exemplo no rugby, em que nos casos de dúvida, o jogo é interrompido e as imagens visionadas por uma comissão que decide depois se a falta existiu ou não. 

A FIFA não quer trazer este ou outro modelo para os campos, e chego à conclusão pois, que o futebol é isto mesmo: uma imundice pegada, um conceito já deturpado daquilo que é o desporto de alta competição, um jogo sim de interesses e não limitado ao que se passa dentro das quatro linhas.

No fundo, quem ganhou o jogo de sábado foi o sr. Lucilio Baptista  e o Quim, que defendeu e muito bem 3  grandes penalidades.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Banda larga e banda fina

Portugal vai receber 102 milhões de euros do orçamento comum da UE, com a finalidade de " relançar a economia ". Para Portugal estes 102 milhões de euros serão divididos em cerca de 45 milhões  para desenvolvimento rural e desenvolvimento da banda larga e também cerca de 56 milhões para o desenvolvimento das redes de energia, principalmente nas conexões entre Portugal e Espanha.

Por outro lado , a Comissão Europeia disponibilizou-se para trabalhar em parceria com os Estados-membros para que a Internet rápida chegue a todas as zonas rurais, viabilizando o «aumento da produtividade na União Europeia».

«Um bom acesso à Internet pode tornar menos isoladas e mais competitivas as explorações agrícolas e as empresas situadas em zonas rurais, em especial as pequenas e médias empresas (PME), dando-lhes acesso aos mercados internacionais e permitindo-lhes trabalhar de forma mais rápida e eficiente», afirmou a Comissão.

Acima da média comunitária encontra-se Portugal que, em Dezembro de 2008, contabilizava 86% da população rural a usufruir de banda larga. Que população rural ? Qual a definição de população rural ? Será que Evora, Beja, Guimaraes, Braga, Bragança são definidas como populações rurais? É que ainda não vi acesso à internet na "realidade rural" deste país, nem em banda larga nem em banda fina.

Ora é curioso. Num país em que a produtividade é o que se vê, a eficácia e eficiência andam pelas ruas da amargura, vai ser sem dúvida a "banda larga"  o remédio milagroso para que este país se torne mais competitivo e eficiente !

Contrastando com os EUA, em que a velocidade média é de 2 mbps, França com 17 mbps, Canada com 7 mbps e Japão com 61 mbps só para mencionar estes exemplos, os operadores em Portugal andam já com a freuma dos 100 mbps. Só que Portugal não se compara a nenhum destes países em termos de produtividade e de riqueza e em vez de se investir noutros sectores, pois bora lá colocar mais velocidade em banda larga , ainda por cima quando se sabe que quanto maior é a velocidade anunciada, maior é a diferença para a velocidade real obtida. E obviamente que ninguém vai oferecer os serviços gratuitamente.

Tirem as vossas conclusões, desta palhaçada em "banda larga" que temos vindo a assistir neste país de " banda fina ".

quinta-feira, 19 de março de 2009

A quem interessa o TGV ?

Não percebo nada de comboios e se lerem o texto acima, - basta clickar na imagem para a aumentar - não ficarão a perceber muito mais mas pelo menos terão uma ideia de como a coisa funciona quando comparada com o Alfa Pendular.

O sector das obras públicas é um sector em crise e há que o revitalizar. E nada como o TGV para lançar obras desmesuradas que todos teremos que pagar, mais cedo ou mais tarde.

Ontem fiquei a saber que em determinado troço do TGV, de somente um quilómetro nos arredores de Lisboa e só porque o governo insiste em fazer passar o TGV a oeste do rio Tejo e não a leste do mesmo, esse quilómetro, devido às dificuldades técnicas da obra, custará tanto como a construção de 20 hospitais distritais. A opção a leste - ou a sul do rio - porque em planicie e já que se continua a insistir na construção das linhas para o TGV, seria incomparavelmente mais barata, porque mais fácil e rápida. Mas, alguém tem de encher os bolsos - à nossa custa - e contra isso não há nada a fazer.

Mas mais importante do que isso é: a quem interessa o TGV, num país pequeno como o nosso? A quem interessa o TGV, quando existem linhas em Portugal, desactivadas que poderiam ser "reconduzidas" e servir as populações por onde essas linhas passam ? Ou ainda - e dando o exemplo da linha do Tua na qual muito se tem falado - troços que teriam um interesse turístico relevante e cujo "custo/benefício" seria de longe bastante mais apelativo e realista, que o idiota do TGV em Portugal ?

Para além da questão das obras que todos iremos pagar, coloca-se uma outra questão: quem irá andar de TGV, aos preços a que serão colocados à venda os bilhetes do mesmo ? E ainda por cima quando existem as chamadas companhias aéreas "low cost", que oferecem serviços de qualidade por preços idênticos ou quiçá inferiores  a uma passagem de TGV e indubitavelmente mais rápidos ?

Por muito que tenhamos auto-estradas, - curiosamente somos o país da UE que proporcionalmente mais rede de autoestradas tem junto às grandes cidades, nomeadamente Lisboa - as linhas férreas num país, são tão importantes quanto as referidas auto-estradas, também a nivel do transporte de mercadorias. E este país em vez de revitalizar esse sector da economia que serviria a todos, preocupa-se com o TGV que só irá servir alguns, mas às custas de todos nós !